terça-feira, 5 de junho de 2012

Maldita cocaína




Fazendo pesquisa para o próximo romance, lendo um Domingo Ilustrado de 1925, deparei-me com esta preciosidade: "Eu já sabia que muitas das mulheres que vegetam na chamada "vida de club", se entregavam imbecilmente, n'uma idiotice alvar, ao nefasto vício da cocaína. Apontaram-me algumas, nas mezas do Monumental, do Mayer e do Bristol e, de certa vez "vi" uma d'essas mulheres refratárias á vida trabalhosa, levar ás narinas o venenoso pó, côr de neve, quasi imperceptível ao contacto dos dedos, e que, posto ao serviço de um temperamento amoral, vai pouco a pouco, minando a morte mais atroz, dando em troca um prazer que ninguem explica, mas que, em sintese, se pode egualar ao do tabaco."

O texto ensina ainda que cada grama custava 20 mil réis e tem uma deliciosa advertência no fim. Vale a pena ler.




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