sábado, 30 de março de 2013

haiku da pré-ressureição










de que vale o teu regresso se 
todos os anos te voltam a matar
aprende a nossa lição: é tempo de salve-se quem puder

quinta-feira, 28 de março de 2013

Deveria ser leitura obrigatória nas escolas

"Like many others, Jonathan Safran Foer spent his teenage and college years oscillating between omnivore and vegetarian. But on the brink of fatherhood—facing the prospect of having to make dietary choices on a child’s behalf—his casual questioning took on an urgency. This quest ultimately required him to visit factory farms in the middle of the night, dissect the emotional ingredients of meals from his childhood, and probe some of his most primal instincts about right and wrong. 

This book is what he found. Brilliantly synthesizing philosophy, literature, science, memoir, and his own detective work, Eating Animals explores the many stories we use to justify our eating habits—folklore and pop culture, family traditions and national myth, apparent facts and inherent fictions—and how such tales can lull us into a brutal forgetting. 

Marked by Foer’s moral ferocity and unvarying generosity, as well as the humor and style that made his previous books, Everything Is Illuminated and Extremely Loud and Incredibly Close, widely loved, Foer’s latest tour de force informs and delights, challenging us to explore what is too often conveniently brushed aside. A celebration and a reckoning, Eating Animals is a story about the stories we’ve told—and the stories we now need to tell."


Manual para vencer ou sobreviver no Brasil


quarta-feira, 27 de março de 2013

Bad Jesus



Num momento de alegado progresso do Brasil, não tenho a menor dúvida de que a religião organizada - com o intuito de roubar, enganar e controlar - é um dos grandes empecilhos para um maior desenvolvimento mental (e não só) deste país. Propagam a ignorância, o medo, o ódio, a extorsão, a promiscuidade entre estado e religião e a intolerância com quem não professa a estupidez que louvam todos os dias.


Dia 6 nas Fnac e Bertrand e dia 8 nas restantes livrarias



"Não existe uma escrita mais radical do que esta em Portugal: Hugo Gonçalves é um romântico, um poeta e um boémio com o misterioso dom da narrativa. Agarra-nos pelo colarinho e não nos larga até estarmos feitos num oito. Imperdível." 

João Tordo.



Para que servem os amigos? Entre muitas outras coisas, para nos mostrar algo belo, novo, que nos mude. O texto do escritor Luiz Biajoni sobre Luís Capucho - cantor e autor, com uma história incrível - além de escrito por alguém que sabe e sente o que fala, abre-me um mundo novo.

Fica aqui um excerto. 

A voz é suave e as músicas remetem ao Caetano Veloso dos anos 90. Em 1996, porém, Capucho teve uma crise convulsiva violenta, uma neurotoxoplasmose em decorrência da baixa imunidade por HIV, que o deixou em coma durante um mês, afetando sua coordenação motora e sua fala. Ele ficou sabendo da AIDS apenas depois de acordar do coma. Mal recuperado e sem conseguir tocar, dedicou-se à literatura como forma de recompor sua memória e treinar a coordenação motora, escrevendo à mão em uma agenda velha. Compôs, assim, Cinema Orly, um romance confessional recheado de sexo homossexual, lançado em 1999, que venceu um prêmio de Direitos Humanos.

Para ler na íntegra clique aqui.

terça-feira, 26 de março de 2013

Na segunda semana de Abril nas livrarias


Pontos de vista



Antes a Europa era boazinha e tinha boas intenções e cuidava dos seus. Agora é uma vaca castigadora, controlada por interesses de grandes bancos e empresas e políticos facínoras. Ah, como é que se chama isto?  Crescer e perder a ingenuidade. Ou crescer e ficar pobre. Porque se ainda houvesse guita, andava tudo na boa. O desengano é proporcional ao dinheiro no bolso. Vai-se a guita, descobrem-se a verdades e zangam-se as comadres.

quinta-feira, 7 de março de 2013

“Don't ask for whom the bell tolls, it tolls for thee”



No mesmo dia morreu um ditador e morreu a minha palmeira preferida na praça santos dumont, arrancada pelo temporal. Quando lá passei, de manhã, e vi o tronco tombado sobre a fonte, fiquei triste como um menino que perdeu o cão. Amo mais certas árvores do que certas pessoas.

terça-feira, 5 de março de 2013

Boletim psicológico volátil






Saindo de casa para ir ao supermercado, lembro-me que tenho uma sacola ecológica, pego nela e fico satisfeito com o meu ato sustentável, seguro da minha enorme bondade para com os golfinhos que não morrerão sufocados em sacos de plástico. Mas logo de seguida percebo que o gesto não é assim tão grandioso e que me satisfaço, muitas vezes, com minúsculas fantasias de humanidade e decência. Rendido com a minha pequenez, avanço pelo supermercado e encontro uma prateleira só com ovos da Páscoa Angry Birds.  Penso, ok, não sou o Gandhi, mas ao menos não ando a inventar e a vender estas merdas. E volto a sentir-me especial.